Mari Mello fechou o Carnaval em São Paulo e mostrou muito samba no pé à frente da Dom Bosco. Madrinha de bateria, ela apostou em uma fantasia com fios de couro nas costas e muitas flores. Como cangaceira, o look contou ainda com cristais e penas recicladas. Ela economizou cerca de R$ 25 mil ao reaproveitar materiais.
“Essa fantasia é mais artística do que outras que já usei. É honesta, sem ostentar. Gosto de reciclar materiais, não precisamos comprar todo ano”, admite. “Isso é ser consciente. O que vale é ser original, criativa e usar um look que tenha a ver com o enredo da escola, que conte uma história ou represente uma personagem. Essa coisa de brigar pela fantasia mais cara ficou para trás. O meu investimento com o Carnaval ficou em torno de R$ 25 mil”, diz.
Mari é do tipo que se envolve em toda a confecção da fantasia. Manda referências para o ateliê, dá opiniões e sugere mudanças. “Gosto de participar de tudo, desde os ensaios técnicos. Já sofri com fantasias pesadas, que machucam, hoje não admito mais. Por isso acompanho tudo de perto. Já passei muitos perrengues”, confessa.
Um desses apuros aconteceu no ano passado. Mari teve que desfilar com uma fantasia improvisada, feita no dia do desfile e totalmente diferente do planejado. “O ateliê teve um contratempo e não conseguiu finalizar o trabalho. Tive que entrar com uma fantasia que não tinha nada a ver. Mesmo assim, abri o sorriso e mostrei meu samba no pé. Foi um Carnaval lindo, a gente supera tudo”.
- Publicidade -
Para não encarar problemas e fazer um bom desfile, ela mantém seus rituais no dia do desfile. Além de passar pela sua benzedeira, Mari prefere ficar com a família, longe da agitação, e entra com o pé direito no Sambódromo. “Claro que tem um ritual espiritual, peço proteção dos meus orixás e anjo da guarda. E tudo saiu como planejado”, comemora.
Confiante no título da Dom Bosco, Mari Mello diz que sua função na escola foi de apresentar a bateria e interagir com o público. E que isso foi feito. “Missão cumprida! Mais do que trazer uma fantasia bacana para a avenida, a minha missão é trocar energia com quem assiste e com os jurados. É muito samba no pé e alegria. A escola fez um lindo desfile, já estou na expectativa da apuração”.
Fotos: Maurício Roja / Edu Graboski