do artes visuais, audiovisuais e sensoriais, o coletivo criativo SAMSARA inicia seus trabalhos com a mostra “Tudo Deve Devir Desejo”. Sob a curadoria de Mélanie Mozzer, sete artistas visuais convergem para criar uma experiência envolvente que transcende as fronteiras da expressão artística com olhar feminino e um mergulho sobre aspirações e a busca por algo maior.
A mostra estará aberta gratuitamente ao público na Galeria BLE, em Botafogo, até o dia 30 de janeiro, com eventos especiais e pagos nos dias 16, 23 e 30, onde a renomada Tagu Selecta assume os vinis, trazendo consigo um time de convidados para aquecer o salão durante a visitação. A fusão de música e artes visuais promete criar uma atmosfera única, onde os espectadores podem emergir não apenas nas obras expostas, mas também nas batidas vibrantes da cultura Sound System.
Crédito: Natalia Salvador
Inspirada pelo conceito de totalidade e renovação do termo, o coletivo foi batizado e conceituado pela produtora cultural Mariana Milani, que compõe o grupo ao lado da produtora e artista visual Sofia Rocha e da coordenadora artística e curadora Mozzer.
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Rocha também expõe na mostra, trazendo uma abordagem única à interseção entre abstração e figuração. Seu foco na pintura e no desenho se destaca pela harmonia entre elementos visuais, como o pictórico e o gráfico, a mancha e a linha. Ela apresenta suas obras ao lado de nomes plurais e novos da cena artística do Rio de Janeiro.
Da Zona Norte, Bia Monção traz o estudo aprofundado de formas e cores, criando uma simbiose entre seu mundo interior e a abstração fluída de movimentos. No processo de criação, Bia encontra inspiração na música, utilizando-a como estímulo para visualizar os elementos pictóricos que compõem suas obras.
Da comunidade do Sapo em Senador Camará, zona oeste do Rio de Janeiro, emerge Kimera Moreira, uma artista visual travesti. Kimera mergulha nas complexidades do amor, explorando as armadilhas e as faces do desamor. Sua pesquisa é alimentada pelas falsas promessas amorosas presentes em aplicativos de relacionamento, resultando em trabalhos que projetam um futuro mais afetuoso não apenas para ela, mas para outras travestis.
Crédito: Natalia Salvador
Direto do Complexo do Salgueiro em São Gonçalo, Layla Werneck mergulha no universo das representações pictóricas de violências e do inconsciente. Sua arte, baseada em experiências pessoais e familiares, aborda questões autorreferenciais, trazendo para as telas relatos e histórias de vida. Layla explora também uma pesquisa cromática focalizada nos contrastes, explorando as múltiplas maneiras como as cores se manifestam em diferentes materiais e contextos figurativos.
Marjoly Queiroz desenha uma intrigante triangulação entre arte, sonho e tecnologia em suas últimas obras. Seja por meio da pintura, instalação ou sonoridade, Marjoly mergulha em uma expressão artística única. Sua presença em exposições recentes, como “OCASO GAIA” na Galeria de Artes do IACS UFF e “Dimensões Variadas” no Macquinho (RJ), destaca sua contribuição vibrante para o cenário artístico contemporâneo.
Monique Ribeiro, originária de Mesquita, na Baixada Fluminense, faz de sua arte ferramenta de transformação, promovendo diálogos essenciais sobre identidade, afirmação e pertencimento. Ao retratar figuras, Monique adiciona expressividade, exaltando a beleza intrínseca nelas. Suas obras, em um contexto de dúvidas e medos, procuram recuperar a esperança e a autoestima do povo preto, desafiando as ideias convencionais sobre emoções e existência.
Crédito: Natalia Salvador
“Tudo deve devir desejo” é uma celebração vibrante da interseção entre a arte visual e a música, oferecendo uma experiência imersiva que transcende as fronteiras tradicionais da expressão artística. A Galeria BLE, onde a mostra estará até o final de janeiro, fica localizada na Rua Dezenove de Fevereiro, 184.
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