Rafa Bicalho fala sobre juventude, mudanças e desilusões no seu novo EP “Menino Bom”

Destaque na cena musical mineira pela voz marcante, Rafa Bicalho, de apenas 20 anos, lança hoje (18/11) seu novo EP “Menino Bom” . Com influências que vão do pop internacional à música popular brasileira, o artista escreve e produz suas próprias músicas, que hoje somam mais de 1.3 milhões de streams nas plataformas digitais. 

O movimento do “do-it-yourself” e “bedroom pop” são grandes influências para o artista, que segundo ele mesmo “poder testar toda ideia que eu quiser e expressar todo sentimento que eu tiver na produção das minhas músicas é incrível, principalmente porque eu tô tendo ideias e sentindo mil coisas o tempo todo”. Fruto de uma geração extremamente diversa e aberta, sua música reflete esse desprendimento, misturando diversas influências e estilos de forma criativa e original. 

“Menino Bom” é um ep visual de 5 faixas que traz sonoridades e estéticas fortemente influenciadas pelo indie e pop alternativo, com letras pessoais de Rafa Bicalho que falam sobre juventude, mudanças, amores e desilusões. Desde a estética das capas dos singles, a ideia é criar uma intimidade que se revela ao longo das canções que, ao mesmo tempo em que são polidas e modernas em sua produção, contam histórias fáceis de se relacionar com leveza e descontração. 

A tracklist do disco é variada e se encaixa em diferentes momentos. Refrões cativantes, instrumentais inspirados por pop, mpb e até boombap e outros mais acústicos influenciados por Jack Johnson, trazendo assim uma dose de introspecção ao trabalho. Pegando carona na liberdade artística do movimento Do It Yourself, potencializado por artistas como Billie Eilish, Clairo e Still Woozy, Rafa assina a composição e produção de todas as canções do projeto.

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Faixa a Faixa na visão do artista:

1- A Minha Mente Nao Me Deixa Quieto

 

“Eu escrevi ela em no máximo uns 20 minutos, a ideia da letra veio e eu só me deixei levar. É uma música sobre assumir seus próprios problemas e a linha tênue entre conviver em paz com eles e a conformidade de não tentar superá-los. Apesar de não ser a faixa título do EP, foi depois dela que ele tomou forma na minha cabeça.”

 

2- 3 Horas da Manhã

 

“Ela surgiu com o dedilhado da guitarra. Eu estava brincando de tocar em cima de um groove meio caribenho e meio que escrevi ela no improviso. Ela é o momento mais dançante do EP e fala sobre querer o que não se pode ter e assim como AMMNMDQ, retrata a sensação de perceber que às vezes sua mente parece não estar do mesmo lado que você. Pra mim ela é tipo a irmã mais nova da faixa anterior justamente por causa da letra.”

 

3- Eu Não Sei Fingir

 

“A mais antiga do ep! Fiz no começo da pandemia e é uma das milhões de músicas que eu já fiz sobre recaídas e viver esses momentos sem ficar se culpando. O funkzinho dela é uma das minhas partes preferidas do EP inteiro. Amo também o refrão muito cantável e a ironia da batida super feliz acompanhar a letra “a gente não deu certo, só fingiu que deu”.

 

4- Imaturidade

 

“O momento calmo do EP, com muita influência de Jack Johnson e Kevin Abstract. Eu amo a ingenuidade da letra, uma canção de amor muito vulnerável sem pesar o clima. Apesar de ser bastante acústica, na construção da música e na forma de se escrever tem mais influências de rap do que de MPB.”

 

5- Menino Bom

 

“O motivo de tudo acontecer. Esta é a canção que me trouxe a ideia de se construir um EP que trouxesse letras pessoais em uma comunicação com a juventude. Sendo a faixa título do EP, ela faz quase um recorte das visões e sentimentos expressados ao longo das músicas. Com uma letra sobre aproveitar o tempo que se tem na terra e se permitir, pra mim ela está imersa numa sensação nostálgica muito grande, mesmo soando como uma canção nova inspirada por estéticas e sons do indie e do pop moderno. Individualmente é uma das faixas que mais gosto, mas amo ainda mais no contexto do EP.”

Ouça na íntegra:

 

Fonte: QG do artista

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