Unabomber (feat Teorias do Amor Moderno) pega emprestado poemas do grande Paulo Leminski para compor o single “O Amor Se

Em tempos em que o ódio nos cerca de todos os lados, o Unabomber resolveu falar de amor. Para isso, recorreu aos poemas do grande poeta Paulo Leminski para compor “O Amor Segundo Leminski”. E, pra fazer parte dessa empreitada, convidamos a Larissa Alves do power trio Teorias do Amor Moderno, que conferiu à faixa a energia e o vigor costumeiros.

 

O single conta também com um lyric vídeo inspirado produzido pela talentosa Gabby Vessoni


 

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Carrossel” foi o single mais recente e é uma canção que faz uma provocante reflexão sobre o ciclo de mortes, descaso e desilusão do Brasil nos últimos anos, em especial em meio a uma pandemia.
 

Expoente do rock fluminense das últimas décadas, o Unabomber faz canções que convidam à reflexão. As críticas sociais fazem parte do DNA do grupo, como é notório desde faixas como “Silêncio” a “Carrossel“.
 

Originária da Baixada Fluminense e formada por André Luz (voz), Alan Vieira (baixo), Sandro Luz (guitarra) e Paulo Stocco (bateria), Unabomber estreou em 1996 com uma demotape homônima. Já a segunda fita, intitulada “R” e lançada no ano seguinte, contou com a produção do então iniciante Rafael Ramos (DeckDisc, Dead Fish, Pitty, Titãs). Após mais três anos de muitos shows, o grupo encerrou as atividades.

 

Quase 18 anos depois, eles retornaram à cena com o EP “Massas & Manobras S/A” (2017), onde fazem uma releitura de faixas das duas demos dos anos 90.

 

Na sequência, em meio ao xadrez sociopolítico contemporâneo, compõem e lançam o single inédito “Silêncio”.

 

Já em 2018, apresentam “Pesadelo”, de Paulo César Pinheiro e Maurício Tapajós, gravada originalmente pelo MPB4, em 1972.

 

No ano seguinte, incorporaram à sua discografia o EP “O Mal da Máquina Morre”, que traz o hit “Guanabara“, bem executada em rádios rock como a Kiss FM e a 89 FM, de São Paulo, abrindo caminho para vários shows em terras paulistas.

 

Em 2020, mais três singles. O primeiro, em parceria com a rapper paulistana Flor MC, intitulado “João 8:32”. Em seguida, a banda abordou a questão indígena com uma versão da clássica “Canoa Canoa”, do Clube da Esquina. Depois, lançam um olhar sobre as contradições humanas, em “Maciota”.

 

Unabomber dialogou, também, com a questão do turismo e o lixo espacial, em “Spaceshit” (2021).

 

Com “O Carro de Jagrená”, do mesmo ano e na sequência da discografia de singles, a banda se volta mais uma vez para questões sociopolíticas.

 

E, com “Carrossel”, inauguram os lançamentos de 2022 com versos afiados sobre o presente – e de olho no futuro.
 

Crédito: Alan Vieira

 

O Amor Segundo Leminski 

Ficha técnica

Unabomber (feat Teorias do Amor Moderno)

Letra – Poemas do Paulo Leminski

Produção musical – Celo Oliveira (Kolera Home Studio)

Capa: Alan Vieira

Lyric Vídeo Direção e Edição – Gabby Vessoni.  

 

Letra

 

 

“O Amor, o amor, esse sufoco

Agora pouco era muito

Agora apenas um sopro

Ah, troço de doido,

Corações trocando rosas e socos”

 

“O amor então também acaba?

Não, que eu saiba

O que eu sei

é que se transforma

numa matéria prima

que a vida se encarrega

em transformar em raiva.”

 

“O amor é troca ou entrega louca

Discutem os sábios

Entre os pequenos e os grandes lábios”

 

“Aí daqueles que se amaram sem nenhuma briga

aqueles que deixaram que mágoa nova virasse a chaga antiga

Aí daqueles que se amaram sem saber, que amar é pão feito em casa

E que pedra só não voa porque não quer

Não porque não tem asa”

 

 

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Fonte: Assessoria

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