O azeite de oliva é um dos queridinhos da dieta mediterrânea e há anos é celebrado por seus benefícios à saúde. Mas um novo estudo da University of Oklahoma Health Sciences Center, publicado na revista científica Cell Reports, levantou um ponto inesperado: o consumo excessivo de ácido oleico — a principal gordura presente no azeite — pode estimular o crescimento de células de gordura, levando ao sobrepeso ou obesidade.
O estudo foi feito com modelos animais que têm respostas metabólicas semelhantes às dos humanos. Os pesquisadores observaram que altos níveis de ácido oleico ativaram vias que favorecem a multiplicação de pré-adipócitos (as células que dão origem à gordura corporal). O efeito, segundo os cientistas, está relacionado à ativação da proteína AKT2 e à supressão de uma outra via chamada LXR, que normalmente limitaria esse crescimento.
É importante destacar que os testes foram realizados em animais, não em humanos. Portanto, ainda não há motivo para alarde. O azeite continua sendo uma excelente fonte de gordura boa — desde que consumido com moderação e dentro de uma dieta equilibrada.
Ou seja: a dica continua a mesma. Equilíbrio é tudo — até quando se trata de alimentos saudáveis.