*Texto por Júlia de Aquino
Letras profundas, filosóficas e um som inebriante são as promessas do cantor e compositor Lucas Brenelli (SP) em seu álbum de estreia, “Avenida Lírica”. Pela capa a mensagem já chega ao ouvinte: é um trabalho artístico, quase artesanal, que evoca a renascença e o clássico, mas sem deixar de ousar. O trabalho de 14 faixas é definido pelo artista como “o meio do caminho entre um livro e um bom filme”, e foi gravado de forma independente. O álbum já está disponível no YouTube e nas principais plataformas de streaming.
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O lançamento do álbum marca um momento importante na carreira do cantor. Em relação à importância da obra em sua vida, ele afirma: “com certeza é o passo mais importante da minha trajetória artística até agora. Foram alguns anos trabalhando em cima do projeto, juntando alguns artistas do meu círculo para que essa obra fosse realizada. O disco também é dedicado ao meu pai, que faleceu no final de 2017”. O trabalho sucede os singles e clipes “A Ponte”, “The Train” e “Quem Tem Que Achar Sou Eu”.
O processo de criação do disco começou há mais de dois anos e é considerado pelo artista como o seu trabalho mais revelador. Produzido entre amigos, os apelidados “Bruxos do Asfalto” (Gustavo Paschoalin, Bruno Carlini e Victor Rodrigues), o disco passou por idas e vindas da pandemia e foi mixado enquanto era gravado. Ainda que algumas das músicas já fossem apresentadas ao vivo durante shows de Lucas Brenelli, seja na voz e violão ou acompanhado, no disco elas ganharam maior profundidade.
Além da capa, das letras e do significado pessoal do álbum para o cantor, o simbolismo está presente em outros detalhes do projeto. Com o lançamento marcado para 22.02.2022: a data é simbólica, pois representa um palíndromo (quando a sequência de números de dia, mês e ano pode ser lida em qualquer ordem) – um “raro portal de organização do caos”, de acordo com o compositor e que só se repetirá no próximo século.
“Minha motivação é o alívio e a realização de expurgar todas essas histórias, paixões, dores, perdas e filosofias por meio das canções. É realmente uma grande parte de mim, quase como um RG sonoro. Foi uma provação o processo inteiro do álbum, houve muito ‘sangue’, dedicação e vontade, minha e das pessoas que trabalharam junto comigo, para que essa obra pudesse ser executada”, explica Brenelli.
Músico desde os 15 anos, Lucas Brenelli teve sua estreia em 2016 com o single “Flores Brancas”, e desde então produziu os EPs “Espírito Sólido” (2017) e “Interno – #1 sessão” (2019). As influências musicais do cantor e compositor passam por nomes como Caetano Veloso, Lenine, Chico César, Cássia Eller, Cazuza, e até mesmo, o poeta Leminski. E também, artistas como John Mayer, Nina Simone, Jeff Buckley, The Beatles, The Doors entre outros.
Ficha técnica
Todas as letras e músicas (composição), exceto a intro, foram criadas por Lucas Brenelli. Na execução, Bruno Carlini e Gustavo Paschoalin se revezaram na maioria das gravações entre o baixo e guitarra, e Victor Rodrigues ficou com a bateria e algumas percussões. Alline Ribeiro tocou violino e cello, Guilherme Casali nos trompetes em uma das faixas. O músico Lucas Brenelli gravou as vozes, violões, guitarras, baixo, ukulele, percussão, teclado, e objetos não “instrumentais”, como correntes e som de sapato se arrastando pelo chão.
O álbum “Avenida Lírica” foi pré-produzido e arranjado por Lucas Brenelli, Bruno Carlini, Gustavo Paschoalin e Victor Rodrigues. Algumas canções foram arranjadas e executadas inteiramente por Lucas Brenelli. A produção e mixagem foram de Bruno Carlini e Lucas Brenelli. Com gravação de Bruno Carlini, exceto a bateria, que foi captada por Rodrigo Edo.
A masterização foi realizada por Fepa (Rockambole), com concepção artística e direção de arte por Lucas Brenelli. Fotografia e edição por Danielle Alves (Quazar), com lettering e finalização por Larissa (OcultaStudio).
Acompanhe Lucas Brenelli
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Fonte: Júlia de Aquino (OrBe Comunicação)