A experiência da paternidade é o elemento central de “Gravidades”, primeiro álbum solo de um dos artistas mais atuantes e influentes da nova cena da MPB, Marcelo Fedrá, disponível em todas as plataformas digitais.
Após lançar três projetos coletivos, “Mundo Grande”, de 2012, “Ás, Nove”, de 2016, e “O Bem do Tempo”, de 2018, no novo trabalho, o cantor e compositor apresenta reflexões sobre as questões existenciais que acompanham os diferentes cenários da vida. Com melodias que propiciam uma imersão intuitiva, ele cria um eixo central capaz de alinhar todo repertório, que começou a ser desenvolvido no final de 2014, pouco antes de saber que seria pai.
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– A partir dessa experiência, percebi que a ideia simbólica em torno da palavra ‘gravidade’, que remete ao macro, serviu precisamente para remeter o micro quando percebi na minha filha, no feto, meu principal eixo centralizador. Corrobora a ideia de que íntimo e externo, micro e macro são facetas mais próximas do que parecem – reflete.
Carioca de 40 anos, Fedrá é um dos compositores mais atuantes e influentes da nova cena da MPB. Além de ser autor de todas as canções dos seus quatro projetos autorais, colabora ativamente na consolidação da obra de diversos intérpretes com dezenas de músicas gravadas, sendo algumas títulos de álbuns, como “Flor”, de Daíra Saboia, “Paisagem Invisível”, de Deya Mota, e “Mundo Afora: Meada”, de Ilessi. Convidado a compor para o projeto “Músicas Para Saudar Jorge Amado”, da Orquestra Revelia, foi tema da revista “Sala 126”, da editora Multifoco, publicação que compreendeu entrevista, biografia e um CD gravado ao vivo.
Em “Gravidades”, apresenta nove faixas que ganharam notoriedade nas vozes de diversos intérpretes, atenção especial para “Sem Palavra”, vencedora do festival “TOCA > Toda Canção”, prêmio que rendeu um dueto com o cantor e compositor Pedro Luís. Das 9 faixas do disco, 8 já foram impressas pelas vozes de intérpretes da sua geração. Além disso, em seu álbum, conta com nomes de peso da cena musical. Elísio Freitas é o diretor musical e toca guitarra em todas as faixas com André Vasconcellos no baixo, Lucio Vieira na bateria, Bernardo Aguiar na percussão e Yuri Villar na flauta e no saxofone. O repertório compreende apenas canções em parceria e reúne os autores Renato Frazão, Thiago Amud, Demarca, Thiago Thiago de Mello e Mauro Aguiar. A galeria de participações especiais é composta pelos talentos de Cesar Lacerda, Pedro Sá Morais e Juliana Linhares, Ilessi, Marcela Mangabeira, Luisa Lacerda, Pedro Ivo Frota, Thiago Thiago de Mello e Renato Frazão.
Início no mundo do samba e faceta cinematográfica
A trajetória de Fedrá na música vem sendo construída há mais de duas décadas. Começou a tocar violão de forma intuitiva aos 16 anos e já aos 17 tocava na noite, em grupos de pagode e samba. Conviveu com esse universo de forma intensa e definitiva, dividindo o palco com figuras importantes como Jamelão, Belo e Neguinho da Beija-Flor. Na universidade, teve um contato definitivo e transformador com a MPB, a música erudita e aqueles que seriam seus principais parceiros musicais, estabelecendo-o como poeta e compositor. Foi gravado por uma galeria extensa de artistas, como Ilessi, Pietá, Dorina, Nelson Angelo e Novelli, Muato, Aline Paes e Paula Santoro, e parcerias marcantes com Pedro Luís, Maurício Detoni, Marília Schanuel, Demarca, Raquel Reis e Diogo Tomás. Multifacetado, atua também na cinematografia com a sua produtora, a EFEDRA, que já realizou mais de 500 produções desde 2013.
Para conferir “Gravidades”, acesse https://ingrv.es/gravidades-3ee-6
Fonte: Carlos Pinho