A atriz Letícia Mag, 25 anos, integra o elenco do longa – metragem “As Polacas” dirigido por João Jardim que é protagonizado por Caco Ciocler e Valentina Herszage. A personagem polaca, um dos destaques da trama é a “Hadassa”, uma prostituta, vivida por Letícia. A atriz que está estreando cinema comentou sobre o desafio.
“O maior desafio foi mergulhar em pouco tempo nos contextos históricos, culturais, religiosos e sociais da época (Século XX), além de me aprofundar na história destas mulheres. Li alguns livros como Bertha, Sophia e Rachel de Isabel Vincent (indicado pelo nosso diretor João Jardim); Baile de Máscaras da Beatriz Kushnir; Festas e dias bons de Eduardo Carneiro, entre outros. Assisti alguns filmes como referência também, além de ler artigos e assistir algumas entrevistas. Foi uma das experiências mais enriquecedoras da minha vida, além do trabalho de casa, encontrei pessoas que me deram verdadeiras aulas, como o Eduardo Carneiro que, além de ser muito estudioso e religioso, viveu em Israel durante um tempo e me passou todo o conhecimento necessário para somar nos meus estudos e construir a minha Hadassa.
Durante a preparação de elenco (feita pelo Eduardo Milewicz) também tivemos a presença ilustre da Iafa Britz que também nos trouxe mais sobre a cultura judaica. A preparação foi fundamental para a Hadassa nascer, principalmente para construir a relação com os outros personagens. Muitas coisas interessantíssimas surgiram nesse processo e, por mais que não apareçam no filme, estavam presentes em nós, compondo todas as camadas da história e todas as complexidades dos nossos personagens“, conta Letícia.
A artista também reflete sobre a atuação e seus estudos e vivência na área da psicologia.
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“A psicologia enriquece muito o meu trabalho como atriz. Somos seres subjetivos, cada um é único. Essa vivência dentro e fora da faculdade, principalmente com as pessoas que atendo, me humaniza e me faz refletir sobre a vida no geral. Consequentemente, crio mais bagagem, me torno uma pessoa com um olhar mais crítico para as questões que permeiam a nossa sociedade e consigo trazer melhor as complexidades humanas para os personagens“, relata.