A cantora e compositora Juçara Marçal lança seu segundo disco solo. Sucessor do aclamado “Encarnado”, “Delta Estácio Blues” tem produção musical de Kiko Dinucci e traz forte presença de Juçara como compositora em todas as etapas e processos de criação: nas colagens eletrônicas que levaram às bases das músicas; letras, melodias, parcerias e poesias; nas variações e investigações que realiza sobre o próprio canto e voz. O lançamento é uma realização Natura Musical / QTV Selo / Mais um Discos / Goma Gringa.
Ouça “Delta Estácio Blues”: https://onerpm.link/DeltaEstacioBlues
No novo álbum, Juçara Marçal traz parcerias de composição com Tulipa Ruiz, Siba, Rodrigo Campos, Maria Beraldo e Douglas Germano, além de participação de Catatau na faixa que assinam juntos. Ogi compôs o single “Crash”. O disco ainda conta com uma releitura de “La femme à barbe”, de Brigitte Fontaine e Jacques Higelin. A ideia do trabalho é abordar a música eletrônica fora dos clichês e gêneros já conhecidos, propondo novos cenários, investigações rítmicas e buscando um diálogo com o pop, sem deixar de lado a inquietude e a ligação estreita com a música brasileira.
Se em “Encarnado” o clima era de tensão, aridez e luto, agora Juçara procura criar edificações, a partir de lascas, destroços, restos, cacofonias. Presentes nas canções, temas que revelam posicionamentos da artista enquanto mulher negra no Brasil de hoje. Racismo, negritude, feminino, ancestralidade surgem em versos contundentes, sem nunca perderem de vista a poesia.
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Assista ao clipe “Crash”: https://youtu.be/zhgmtLuEJq0
Cantora do Metá Metá, ela integrou os grupos Vésper Vocal, A Barca e Ilu Obá De Min. Em 2014 lançou seu primeiro disco solo, “Encarnado”. O álbum foi um sucesso de público e crítica e venceu o Prêmio APCA, Governador do Estado e Multishow, entre outros. No ano seguinte, Juçara lançou “Anganga” ao lado do músico e experimentador carioca Cadu Tenório.
Em 2017, inspirada no livro “O mito de Sísifo” de Albert Camus, ela lançou “Sambas do Absurdo” com Rodrigo Campos e Gui Amabis. Desde 2018, Juçara realiza, ao lado de Kiko Dinucci e Thaís Nicodemo, o show “Brigitte Fontaine”, em que canta em francês repertório da artista. Em fevereiro de 2019, Marçal estreou como atriz na peça “Gota d’água {Preta}”, montagem do clássico de Chico Buarque e Paulo Pontes, com elenco majoritariamente negro. Agora ela busca uma nova página nessa carreira de êxitos com “Delta Estácio Blues”.
O projeto conta com o patrocínio do Natura Musical, garantindo a finalização, gravação e lançamento do disco, que pode ser ouvido nas plataformas de streaming e baixado através do site da cantora (http://jucaramarcal.com.br). Além disso, o projeto também prevê a transmissão de um show / live de lançamento do disco gravado na Casa Natura Musical em São Paulo e dirigido por Luan Cardoso, e duas lives/conversas sobre o processo de criação do álbum. O show será transmitido no dia 07/10 e trará Juçara acompanhada por Kiko Dinucci (sampler, synth e guitarra), Marcelo Cabral (baixo e synth) e Alana Ananias (bateria e sampler).
O lançamento será do selo carioca QTV, responsável por trabalhos de Negro Leo, Tantão e os Fita e MBÉ e do histórico disco de estreia do Índio da Cuíca.
Juçara Marçal foi selecionada através do Edital Natura Musical 2020, ao lado de nomes como Linn da Quebrada, Bia Ferreira, Kunumi MC, Rico Dalasam. Ao longo dos 16 anos, Natura Musical já ofereceu recursos para mais de 140 projetos no âmbito nacional, como Lia de Itamaracá, Mariana Aydar, Jards Macalé e Elza Soares.
“A música propõe debates pertinentes, que impactam positivamente na construção de um mundo melhor. Acreditamos que os projetos selecionados pelo edital Natura Musical podem contribuir para a construção de um futuro mais bonito, cada vez mais plural, inclusivo e sustentável”, afirma Fernanda Paiva, Head of Global Cultural Branding.
Ouça “Delta Estácio Blues”: https://onerpm.link/DeltaEstacioBlues
Fonte: Build Up Media