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Thiago Modesto apresenta a exposição ‘Casa-Tempo: Assentamentos’, com sua série de xilogravuras e trabalhos em tecido

Com curadoria de Messias Silva de Oliveira, a exposição convida o visitante a entrar nas crenças, vivências e memórias do artista nos sertões fluminenses que atravessam sua trajetória.
artista visual Thiago Modesto apresenta a exposição ‘Casa-Tempo: Assentamentos’, com curadoria de Messias Silva de Oliveira, no Centro Cultural Correios RJ, trazendo sua mais recente produção em xilogravuras e trabalhos produzidos em tecido, com o objetivo de dividir suas vivências, crenças e memórias que partem principalmente de suas raízes familiares.

Texto Curatorial

Os pés que atravessaram a soleira deste espaço expositivo a fim de transitar pela Casa-Tempo: Assentamentos, serão movidos a seguir em direção ao anfitrião que se encontra no interior da moradia. Os espectadores, conduzidos por essa figura que desterra lembranças guardadas no fundo dos cômodos da casa, são levados a perceber que o ambiente desta exposição individual do artista é uma convocação à intimidade.

Os que já foram fisgados pela poética de Thiago Modesto veem, na passagem por esse assentamento memorial que reúne as lembranças de dois sertões fluminenses emaranhados pelo verde-atlântico, uma narrativa traduzida através da série de trabalhos que são o novo capítulo desta Casa-Tempo.  (Messias Silva de Oliveira – Curador)


Sobre Thiago Modesto

Thiago Modesto (1989), vive e trabalha no Rio de Janeiro. Designer formado em 2009, atua como gravador autodidata e artista visual desde 2014. Criado na Zona Oeste do Rio de Janeiro (no bairro de Jacarepaguá), é de família migrante de Santo Antônio de Pádua, cidade do interior do estado, divisa com o estado de Minas Gerais. Seu trabalho aborda temas ligados à ruralidade, religião e o resgate de memórias de sua própria família. Em suas obras são contadas histórias, através de personagens, símbolos e figuras que, juntos, podem levar às mais diversas interpretações, de acordo com as próprias vivências, crenças e memórias do observador.

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Editou ao longo dos últimos anos mais de 50 gravuras, muitas delas esgotadas. Sua técnica é a xilogravura – inicialmente trabalhou em placas de MDF, hoje trabalha também pranchas de peroba e canela. Possui trabalhos selecionados na Bienal de Gravura da Romênia (2021), Trienal de Arte Latino-Americana de Nova Iorque (2022), Bienal do Sertão (2023), Trienal Internacional de Gravura da Polônia (2024) e Bienal de Gravura da Armênia (2023), onde também atuou como palestrante no simpósio: “Armênia: Um Centro de Gravura na Região”. Em 2023, foi curador da Feira de Artes Gráficas do Sesc Quitandinha, como parte do Festival de Inverno do Sesc. Durante sua trajetória profissional, ministrou oficinas de gravura na UFF (Faculdade Federal Fluminense), no Museu Casa do Pontal e outros, além de ter participado de mesas e palestras de alcance nacional sobre o assunto.

“Venho de uma família migrante de Santo Antônio de Pádua, RJ, cidade de passado rural, localizada às margens do Vale do Paraíba. Esse é o primeiro sertão que atravessa a minha história. Desse primeiro sertão, preservo a memória da minha avó Maria de Lourdes, com quem convivi na infância. Preservo as histórias de uma família migrante, completa em vitórias e tragédias, de oito irmãs mulheres que me criaram. O segundo sertão que me atravessa é o de Jacarepaguá, zona oeste do estado do Rio de Janeiro, segunda morada da minha família, que, em busca de melhores oportunidades, se estabeleceu e criou as raízes que me fizeram brotar e viver nessa terra de dualidades. Vivi 31 anos da minha vida em Jacarepaguá, da qual preservo o sentimento de pertencimento e ausência. Lá que convivi poucos anos com meu avô, figura enigmática, tocador de pandeiro, devoto das folias de reis, descendente de uma mulher de etnia Puris, que sofre o apagamento de sua história e da qual preservo a ancestralidade.

Nesse quase não-território, que não se enquadra nos tradicionais modos de vida estereotipados do ser carioca, que se apresenta como um quase subúrbio, misturado com mansões de coronéis aposentados, que é território dos excluídos (para lá mandavam os leprosos, os malucos e os velhos) e onde a milícia fez escola, surge o termo SERTÃO CARIOCA que, atualmente, remete a um limite espacial simbólico que abrange as dimensões natural, social e cultural da Zona Oeste do Rio de Janeiro. Ainda hoje, neste território, permanecem valores éticos, espirituais, simbólicos e afetivos que estão vinculados à lida com a terra. Eu acredito que o território em que vivemos contribui também com a nossa formação. E são esses os sertões-verdes que habitam minha pesquisa artística e minha formação”, explica o artista.

Instagram: @thiagomod
www.thiagomodesto.com.br

EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS

2022 / “Santos e Silvas”
Espaço Cultural dos Correios – Niterói / Rio de Janeiro
2022 / “Vernacular”
Galeria Espaço Corda – Belo Horizonte / Minas Gerais
2023 / “Sertão carioca”
Museu Bispo do Rosário – Rio de Janeiro / Brasil
2024 / “Casa-Tempo: Aparição e Desaparição”
Estúdio Dezenove – Rio de Janeiro / Brasil

EXPOSIÇÕES COLETIVAS

2014 / “Imaginary Forest” – Thiago Modesto
& Hana Seo – Gallery Gabi – Seul / Coréia do Sul

2014 / “Feira de Arte Contemporânea Artigo Rio”
Armazém 6, Cais do Porto – Rio de Janeiro / Brasil

2015 / “Ensemble”
Centro Cultural Feso Pro Arte – Teresópolis / Brasil

2015 / “Tropical Colors“
Gallery Gabi – Seul / Coréia do Sul

2017 / “Narrativas Gráficas”
Centro Cultural Laurinda Santos Lobo –
Rio de Janeiro/ Brasil

2017 / “Batata”
Centro Cultural Feso Pro Arte – Teresópolis/ Brasil

2022/ “Travessia 20-22”
Museu do Ingá – Niterói / Brasil

2022/ 7a Bienal de Artes Gráficas do do País Sículo
Centro de Arte da Transilvânia – Romênia

2022/ 3a Trienal de Arte Latino-Americana de Nova Iorque
Nova Iorque / Estados Unidos

2023/ “Arte Portas Abertas – Santa Teresa”
Estudio Dezenove – Rio de Janeiro / Brasil

2023/ “Viver Comunitário”
GAS (Galeria de Arte Subúrbio – Rio de Janeiro / Brasil

2023/ 6a Bienal do Sertão de Artes Visuais
Crato – Juazeiro do Norte e Santana do Cariri / Brasil

2023/ 4a Bienal Internacional de Gravura de Erevã
Centro Aznavour / Erevã, Armênia

2024/ 8a Bienal de Artes Gráficas do do País Sículo
Centro de Arte da Transilvânia – Romênia

2024/ 23° Trienal de Gravura da Cracóvia
Cracóvia – Polônia

2024/ “Abre-Alas 19”
Gentil Carioca – Rio de Janeiro / Brasil

2024/ “Entre_Laços: Memória e Cotidiano”
Centro Cultural Humberto Braga – Rio de Janeiro / Brasil

Serviço

Exposição: “Casa-Tempo: Assentamentos”
Artista: Thiago Modesto @thiagomod
Curadoria:  Messias Silva de Oliveira
Expografia e produção: Thais Merçon Serra
Trilha e Sonorização: Fernando Teixeira
Apoio: Galeria Oto Reifschneider @otogaleria
Assessoria de Imprensa: Paula Ramagem @paulasoaresramagem
Abertura: 17 de julho de 2024
Visitação: 17 de julho a 31 de agosto de 2024
Dias e horários: de terça a sábado, das 12h às 19h
Local:  Centro Cultural Correios RJ – 2º andar – sala A @correioscultural
Rua Visconde de Itaboraí, 20 – Centro – RJ
Dias e horários: terça a sábado, das 12h às 19h
Assessoria de Imprensa: Paula Ramagem @paulasoaresramagem
Evento gratuito
Censura Livre.

Como chegar: metrô (descer na estação Uruguaiana, saída em direção à Rua da Alfândega); ônibus (saltar em pontos próximos da Rua Primeiro de Março, da Praça XV ou Candelária); barcas (Terminal Praça XV); VLT (saltar na Av. Rio Branco/Uruguaiana ou Praça XV); trem (saltar na estação Central e pegar VLT até a AV. Rio Branco/Uruguaiana).

Acessibilidade: adaptado para pessoas cadeirantes

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