Depois da entrevista levemente desajeitada que David Letterman fez com Jay-Z no mês passado, o apresentador de barba branca volta aos trilhos com uma entrevista muito mais aconchegante sobre Tina Fey em uma nova edição de seu programa da Netflix, My Letter.
Letterman e Fey têm um relacionamento fácil que solta os dois: eles são divertidos de assistir, se divergindo. Fey pergunta: “Você quer ouvir a minha história Trump?“.
Ela também diz que está feliz por não estar trabalhando no Saturday Night Live agora por causa da atmosfera venenosa que Donald Trump soltou na terra. “É um momento difícil: o nível de indignação é muito alto, parece que conversar com alguém, em qualquer lugar, em 2018, é apenas amarelinha.” Letterman pergunta a ela o tipo de pergunta que a maioria dos entrevistados considera injusta – escolha os oito melhores membros do elenco de Saturday Night Live para fazer um esboço – e Fey lhe dá uma resposta séria e pensativa.
Fey também admite ter cometido um erro ao executar um de seus mais famosos esboços do SNL, emitindo um pedido de desculpas surpresa.
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A entrevista é cronometrada como uma promoção: a versão musical de Mean Girls da Fey na Broadway acaba de ser aberta, e Letterman dá a ela tempo de sobra para conectá-la.
Mas um dos objetivos dessas entrevistas de uma hora é analisar toda a carreira do convidado, por isso também ouvimos sobre a juventude de Fey e seus primeiros dias de apresentação no grupo de improvisação da Second City em Chicago. Isso leva a um ligeiro desvio para a comida de Chicago, o que leva ao momento estranho que ocorre em todos esses shows do Netflix Letterman: o corte da entrevista para um segmento gravado. Este encontra Letterman comendo frango em um restaurante de Chicago com o guitarrista de blues Buddy Guy. Não, não tem nada a ver com a Fey.
De qualquer forma, quando Letterman pede a ela para escolher oito jogadores do SNL com os quais ela gostaria, suas escolhas abrangem a história do programa. Eu não vou estragar a lista dela, mas vou dizer que ela diz que está “com medo” de Bill Murray: “Eu sinto que ele só pode sentir o cheiro de que eu não sou legal”. No momento mais revelador e íntimo desta entrevista, Letterman traz seu momento de “bolo de folha” viral no SNL em agosto passado, quando Fey se dirigiu às demonstrações racistas que ocorreram em Charlottesville, Virgínia.
Você deve se lembrar que o comentário de Fey foi amplamente admirado e amplamente criticado. Com Letterman, Fey diz: “Eis o que há de errado com isso” e reconhece que o esquete poderia ter sido interpretado como altamente privilegiado. Ou em suas palavras: “Eu chunked it.” “A implicação foi que eu estava dizendo às pessoas para desistir e não ser ativo e não lutar“, diz Fey. “Essa não foi minha intenção, obviamente”.
Fonte: Ronaldo Marcos
