Musa do Carnaval, Carolina Arjonas fala sobre preconceito por ser branca e loira: “também sei sambar”

Musa do Carnaval, Carolina Arjonas fala sobre preconceito por ser branca e loira: “também sei sambar”

A modelo e influencer Carolina Arjonas, de 28 anos, que fará sua estreia no Carnaval de São Paulo como musa da Camisa Verde e Branco, contou ao podcast ‘TaninoCast’, que é alvo de ataques preconceituosos com frequência apenas por “ser branca e loira” e estar na avenida.

Decidida a fazer bonito no Sambódromo do Anhembi, a beldade foi a todos os ensaios, está fazendo aulas de samba, e investiu mais de R$ 60 mil reais em uma única fantasia. Toda a dedicação e empenho, no entanto, não foram suficientes para livrá-la dos comentários maldosos.

“Assim que eu falei ‘eu estou no carnaval’, já recebi uma enxurrada de críticas. “Teve um rapaz, de uma escola de samba, que falou assim: ‘essas mulheres brancas estão no carnaval e fazem tudo, menos sambar’. Mas qual é o problema? Também sei sambar”, desabafa. “Estou me dedicando, dando o meu melhor, estou fazendo aulas de samba, estou realmente ali para dar o meu melhor junto com a escola. Quero brilhar junto com todo mundo”, lamenta.

Sempre elogiada pelo corpo escultural, Carolina revelou que também recebe críticas direcionadas à aparência. “As mulheres sofrem com essa competição. As pessoas falam coisas que desanimam, mas a minha briga é comigo mesma, com o meu espelho. Quero olhar e me sentir bem, não como a pessoa quer que eu esteja. Se estou feliz com o meu corpo, está tudo certo”, conta.

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As cobranças são tantas que ela chegou a pensar em desistir do carnaval. “Tive que brigar muito com o meu psicológico para continuar, para estar no carnaval. É uma briga diária com o emocional. Cheguei a pensar em desistir, e isso é muito triste”, acrescenta.

Apesar do alto investimento em seus figurinos, Carolina revela que nunca teve a intenção de entrar em uma competição de fantasia mais cara ou mais bonita, ao contrário de outras musas e rainhas.

“O meu dia a dia é muito corrido por conta de campanhas, fotos, publis. Eu fotografo todos os dias, não tenho tempo de olhar para a fantasia por aí e comparar. Mas eu sei que as mulheres são competitivas, então acredito que deve ter essa disputa de quem gastou mais na fantasia. As minhas eu entrego as coisas para o estilista e ele faz. Não fico nem cobrando”, finaliza.

Fotos: Wellington Moura / Edu Graboski

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