O Insanidade lançou recentemente o videoclipe da música “Destroy Rock n Roll”. A música é o primeiro single do grupo e a primeira faixa do segundo álbum da banda, intitulado “High Speed”. O novo clipe foi produzido e dirigido por Léo Liberti da Libertà Filmes, com quem já trabalharam no videoclipe “Criaturas da Noite”, e que também fez a capa e toda a arte do disco. Assista “Destroy Rock n Roll”: https://www.youtube.com/watch?v=nGyTOOEe0Mk
“High Speed” é composto por 12 músicas e foi produzido pelo produtor brasileiro Gustavo Vázquez do estúdio RockLab, e mostra toda a maturidade da banda, com um som mais coeso, intenso e energético com influências dos Hellacopters, Turbonegro, Scumbag Millionaire . A banda resgata toda a essência do Rock n Roll com um toque moderno junto com as raízes do punk rock.
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Com riffs de guitarra intensos, baixos contundentes, bateria estrondosa e uma voz rasgada e poderosa, Insanidade demonstra toda a sua evolução musical neste novo trabalho, fazendo tudo no espírito do DIY e de forma independente, desde festivais como o Catalão Rock City, até shows beneficentes.
O vocalista Lucas Tamandaré apresenta uma forte energia e destreza ao elevar a performance do Insanidade, e entregar tudo que esperamos de uma banda de rock n’roll; presença de palco, intensidade e uma voz insana.
Conversamos com o frontman sobre sua trajetória na banda, influências musicais, processo de composição e gravação, entre outras curiosidades. Confira!
Você e o Insanidade apresentam uma sintonia e criatividade fora do comum. Como funciona a parceria de vocês como músicos e amigos dentro do projeto? Como começou essa amizade?
L: É sempre bom ter uma banda com amigos, fica mais fácil o entrosamento e o diálogo. Geralmente sou eu (Lucas) quem compõem as letras, as melodias e faço um pouco dos arranjos também. Sempre gostei de compor, mas quando chegamos no estúdio, cada um vem com ideias diferentes, riffs diferentes, arranjos diferentes, outras viradas de bateria, acaba que a música entra de um jeito e sai completamente diferente devido às mudanças que cada um propõem. Nós nos conhecemos em uma casa de show aqui em Catalão/Go, chamada Oficina do Rock, é um lugar onde todo roqueiro da cidade vai para curtir, assistir as bandas, se divertirem e onde nós fizemos vários shows legais.
Dentro do cenário do rock, punk e alternativo, você costuma acompanhar quais bandas brasileiras? E sobre as estrangeiras, alguma atual que tenha lhe chamado a atenção ultimamente?
L: Acompanhamos várias bandas legais, as nacionais: Evil Matchers, Evil Idols, Motor City Madness, os nossos conterrâneos Hellbenders, Desert Crows, Overfuzz, Black Drawing Chalks, entre outras como Water Rats, Urutu, Dawn Youth, Violator e por aí vai só pra citar as mais recentes. As estrangeiras são várias, inclusive ficamos amigos de algumas delas, por exemplo Scumbag Millionaire (a melhor banda da atualidade), The Good The Bad and The Zugly, The Hip Priest, Motor City Mayhem, Apes Iq, Gluecifer, The Stripp, Orchid, Kvelertak, Backyard Babies, Snakefist, Mud City Manglers, vixi e por aí vai longe. Sempre gostei de conhecer e sempre procuro por bandas novas.
Que dica você daria a músicos brasileiros da cena, que têm medo de experimentar e inventar coisas novas em suas músicas?
L: Eu sempre gostei e acho muito legal de acrescentar elementos de gêneros dentro do rock n roll que nos influenciaram. Como Hard Rock, Hardcore, Punk, Stoner, Heavy Metal. Sempre achei legal beber dessa fonte, são gêneros que eu amo, então dificilmente conseguimos ficar presos em um. A dica é, experimente, tente, se não ficar legal, tentar de maneira diferente, escutem bastante música, e o futuro do rock n roll está nessas misturas de vertentes, nada tão linear.
Quais são as suas maiores influências musicais? Pra você qual é o maior frontman de todos os tempos?
L: Putz, poderia citar umas 300 influências fáceis aqui. Mas vamos lá. The Stooges, Sex Pistols, Motorhead, Ramones, The Hellacopters, Turbonegro, Dead Boys, Dead Kennedys, Black Flag, Rolling Stones, Black Sabbath, AC/DC. (Tentei mesclar algumas coisas da infância até a fase adulta). Sempre gostei muito de frontman, cantores como Iggy Pop, Bon Scott, Mick Jagger, Axl Rose e o Johnny Rotten. Mas para escolher um, ficaria com o Iggy Pop.
Sua linha vocal demonstra força e criatividade. Você sempre compõe e cria as músicas pensando de forma analítica ou elas acabam saindo naturalmente desse jeito?
L: Nunca pensei muito em fazer a linha vocal analítica, sempre gostei de fazer ela bastante natural e fazer com que ela fluísse naturalmente de acordo com a música. Gosto muito de explorar os drives, cantar tons mais altos, sempre explorando a potência e o rasgado. Procuro fazer o mais natural possível.
Como a música surgiu em sua vida?
L: Eu já nasci escutando Rock. Meu pai é roqueirão das antigas, então eu vivia rodeado dos grandes álbuns de rock, como todos do Led Zeppelin, Rolling Stones, Jimi Hendrix, AC/DC, Black Sabbath, Bob Dylan, Queen, Deep Purple, Alice Cooper, Chuck Berry. Então eu achava o máximo ficar no meio dos vinis e dos CDs dele, acho que foi o único gênero de música que escutei na vida kkkkkk. Por isso gosto de falar tanto do assunto.
Qual foi o melhor show da história do Insanidade? conta pra gente.
L: Creio eu que foi o último que fizemos antes da pandemia fechar tudo. Foi na Oficina do Rock, num sábado de tarde, entrada franca, então estava bastante cheio e estávamos bastante afiados. Não me lembro a data, mas foi pouco antes de fechar tudo.
Qual é a sua faixa favorita da banda?
L: On Fire.Gosto muito da letra dela e fizemos uma dinâmica bem diferente do que estávamos acostumados a fazer nas nossas músicas.
O disco da banda está tendo um feedback muito positivo tanto no Brasil quanto na mídia internacional. Como você recebeu essa resposta tão bacana sobre seu projeto musical?
L: Poxa, a resposta do público e da mídia está bastante legal, para ser sincero está bem além daquilo que esperávamos. Grandes mídias elogiando, grandes artistas da cena elogiando, fora do Brasil algumas mídias nós comparando com bandas que somos fãs. Só temos a agradecer e trabalhar cada vez mais pesado para evoluir cada vez mais.
Quais os planos para 2021?
L: Vamos fazer um ao vivo no começo de julho, num cenário muito legal, uma grande estrutura, estamos bastante focados nesse projeto. Vai ser algo bastante arrojado, iremos trabalhar as músicas do álbum “High Speed”, além de explorar esse ao vivo, com certeza iremos tirar algum clipe dele também.
Confira o disco “High Speed”: https://bit.ly/3nViO2q
Fonte: Collapse Agency