O jazz como ferramenta de crítica social, denunciando as injustiças, o preconceito, mas exaltando a força da periferia e a luta diária de seu povo por um futuro melhor. Esse é o ponto de partida de “Boca no Trombone”, terceiro álbum da carreira do trombonista, cantor e compositor Josiel Konrad, que chega às plataformas digitais.
O novo trabalho do artista é 100% autoral, cantado e instrumental, e traz o encontro da realidade e linguagem periférica com o jazz, em uma abordagem musical contemporânea brasileira. A essência improvisada do jazz alinhada à vida na periferia, onde nasceu, em que o improviso é o ponto de equivalência, onde se vive intensamente em meio às contradições da cidade grande.
– É nesse ambiente que o jazz encontra sua maior inspiração. O acesso à música – no caso, o jazz – nascida na periferia foi cada vez mais se acabando e sendo apropriado pela alta classe da sociedade. O álbum me inspira a sonhar e a lutar por um mundo mais justo e mais igualitário – pontua Konrad.
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Em 13 faixas, o álbum pauta a realidade da periferia em mais estilos musicais, evocando as emoções e as sensações em um universo de cores em sons e culturas, a luta pela igualdade, o enfrentamento ao racismo, expressando a diversidade cultural e a musical brasileira. As participações especiais ficam por conta da cantora Tamy (em “Parle que Sim” e “Midnight Club”), o cantor Matu Miranda (em “Midnight Club”) e o norte-americano Marshall Gilkes, um dos melhores trombonistas do mundo na atualidade (em “Samba de Trombone”).
– “Boca no Trombone” é a uma das formas mais singulares que encontrei de me expressar, posicionar e exteriorizar, propondo uma nova experiência na qual toda forma de sentimentos e ideias musicais, às vezes reprimidas em nossas mentes, passam a fazer parte de um enigma a ser explorado musicalmente, filosoficamente e fisicamente – analisa o artista.
Da Baixada Fluminense para o mundo
Natural da região de Austin, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, Konrad deu início a sua carreira solo em 2015. Desde então, já lançou os discos autorais “Timeline”, “Mais Amor”, e o EP “Quando Menino”. Além disso, já se apresentou em palcos importantes no Brasil e no exterior, como o Circo Voador e o Ronnie Scott’s Jazz Club, em Londres. A primeira faceta do seu trabalho surgiu com o Gafieira Jazz, que fazia uma ponte bem suingada entre os mundos dos dois gêneros, unindo Chico Buarque, John Coltrane, Cartola e Miles Davis.
Em seu primeiro trabalho de estúdio, “Timeline”, ele faz uma reflexão sobre a sua própria jornada musical e de amadurecimento. Já no segundo, “Mais Amor”, retrata sete diferentes tipos de sentimento: Eros, Mania, Philia, Ludus, Ágape, Pragma e Philautia. Esse mergulho pessoal inspirou Josiel a explorar novos caminhos sonoros e estéticos, que resultou no EP “Quando Menino”, em voz e violão com suas primeiras composições cantadas, abraçando de vez a sua brasilidade.
Para conferir “Boca no Trombone”, acesse https://josielkonrad.com/boca/
Mais informações: https://www.instagram.com/josielkonrad/
Ficha técnica:
Voz e trombone: Josiel Konrad
Guitarra: Ticão, Jon Cristino, Jordi Amorim
Bateria: Elberton Paixão, Beto Martins, Eliel Bernardo, Dedê Silva, Williams Mello, Luciano D’Paula
Bateria e percussão: Léo Costa
Baixo: Ugo Perrotta, João Rafael, Adalberto Miranda, Felipe Berola, Giordano Gasperin, Norton Simões
Teclado e órgão: Francisco Sartoli
Arranjo e programação: Marcelo Delamare e Josie Konrad
Piano: Natan Gomes
Rhodes e efeitos: Natan Gomes
Rhodes: Raphael Wavv
Sax Tenor: Vinicius Chagas
Sax Soprano: Tunico
Sax: Dirceu Décknes, Levy Carvalho
Trompete: Lucas Gomes, Fernando Miranda
Clarinete: Renato Coelho
Violão: Victor Ribeiro
Voz: Shanso Araújo
Vocais: Jefferson Rocha
Tuba: Pablo Beato
Efeitos: Francisco Sartoli
Participações especiais: Tamy, Matu Miranda e Marshall Gilkes
Assessoria de imprensa: Carlos Pinho