Carga Máxima, filme brasileiro na Netflix é prova que Randolfe Rodrigues está muito errado

Carga Máxima, filme brasileiro na Netflix é  prova que Randolfe Rodrigues está muito errado

Carga Máxima, filme brasileiro lançado em 2023 na Netflix, é um longa-metragem de ação e aventura que traz uma trama simples, mas divertida e cheia de adrenalina. O filme conta a história de Roger (Thiago Martins), um piloto de corridas de caminhão que, para salvar sua equipe, aceita trabalhar para uma quadrilha de roubos de carga.

O filme é dirigido por Renata Pinheiro e conta com um elenco formado por Sheron Menezzes, Evandro Mesquita, Milhem Cortaz e Paulo Vilhena. A história se passa em São Paulo e mostra a realidade dos caminhoneiros brasileiros, que enfrentam desafios constantes para sobreviver em um mercado cada vez mais perigoso, onde além de ter estar atentos à qualidade do trânsito e rodovias brasileiras ainda correm risco com o crescente roubo de cargas.

Pontos positivos

Um dos principais pontos positivos do filme é a ação. As cenas de perseguição de caminhão são bem feitas e emocionantes, e conseguem prender a atenção do espectador do início ao fim.

O elenco também é um ponto positivo do filme. Thiago Martins está bem como Roger, e Sheron Menezzes é carismática como Rainha, a parceira dele nas corridas. Evandro Mesquita e Milhem Cortaz também saíram ótimos como os vilões do filme.

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Pontos negativos

Alguns personagens são um pouco rasos, não há muito desenvolvimento de suas histórias e algumas cenas poderiam ter sido um pouco mais trabalhadas, como quando o parceiro dele é baleado pela polícia, fazendo-a mais emotiva.

Enfim,

Carga Máxima, por poucos detalhes não está no nível grandes produções internacionais, e dá para entender pelo orçamento deles que é maior, mas é várias vezes melhor que a maioria dos filmes nacionais.

O que tem a ver Randolfe Rodrigues

Recentemente, a Comissão do Senado aprovou um projeto de lei proposto por Randolfe Rodrigues, que visa obrigar cinemas a exibirem filmes nacionais. Embora a intenção que ele alega seja de apoiar a produção cinematográfica nacional, é crucial entender que filmes e séries são produtos de entretenimento, e sua demanda é alimentada principalmente pelo interesse do público.

Ao contrário de produtos essenciais, como alimentos, que atendem a necessidades básicas, o entretenimento é um setor em que a demanda é movida principalmente pelo desejo e pela preferência pessoal. As pessoas escolhem assistir a filmes e séries com base em seus interesses individuais, e isso é uma parte fundamental da experiência de entretenimento.

A qualidade de um filme ou série é frequentemente um fator determinante para o seu sucesso. Em vez de forçar a exibição de filmes que não despertam interesse do público, os esforços deveriam ser direcionados para a produção de conteúdo de alta qualidade que atraia naturalmente o público.

Impacto nos preços de ingressos e mensalidades

Uma das consequências prováveis dessa obrigatoriedade de exibição de filmes nacionais é o potencial aumento dos preços nas salas de cinema e serviços de streaming. Os cinemas e plataformas de streaming operam com base em modelos de negócios que buscam maximizar o lucro. Se a exibição de filmes nacionais de baixa demanda for imposta, os custos associados a isso podem ser repassados aos consumidores, resultando em ingressos mais caros ou assinaturas mais dispendiosas.

Além disso, essa obrigatoriedade pode colocar pressão adicional sobre os produtores de conteúdo nacional, que poderiam enfrentar dificuldades financeiras devido ao baixo retorno financeiro de suas produções. Em última análise, isso pode prejudicar a qualidade geral da produção cinematográfica nacional.

É importante lembrar que muitos filmes e séries brasileiros já alcançaram sucesso notável, tanto no Brasil quanto internacionalmente, sem a necessidade de obrigar sua exibição. Um exemplo recente é a série “Bom Dia, Verônica“, que conquistou uma base de fãs dedicada e crítica positiva, sem a necessidade de intervenção governamental.

Em vez de adotar medidas coercitivas, o governo e os legisladores deveriam concentrar seus esforços em criar um ambiente favorável à produção cinematográfica nacional, incentivando a qualidade e a criatividade. A demanda orgânica por filmes e séries brasileiros deve ser cultivada por meio da excelência artística e não por meio de obrigações legais.

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