O mestre da guitarrada, Aldo Sena, está de volta aos holofotes com o lançamento de seu oitavo álbum de estúdio, “JAMEVÚ”, uma obra que celebra sua longa trajetória na música brasileira desde os anos 80. Com uma produção marcante de Saulo Duarte, também um renomado guitarrista, o trabalho é uma festiva reinvenção que visa introduzir o som de Aldo Sena a uma nova geração de ouvintes.
Ouça “JAMEVÚ”: https://lnk.fuga.com/aldosena_jamevu
O álbum, disponibilizado pelo selo YB Music, já está acessível em todas as principais plataformas de música, proporcionando uma oportunidade única de apreciar a fusão musical entre dois músicos de destaque, ambos nativos do estado do Pará.
A colaboração entre Aldo Sena e Saulo Duarte é profundamente enraizada em suas raízes paraenses, um elo que permeia toda a produção do álbum. Saulo Duarte compartilha suas impressões sobre o projeto: “A ideia principal era respeitar a tradição e a história do Aldo com os ritmos latino-amazônicos, mas também propor uma nova versão disso e às vezes colocar a guitarra dele em ritmos ainda não explorados.” Um exemplo dessa exploração musical é a faixa “Sinto um clima tropical,” que incorpora elementos de disco music brasileira.
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“JAMEVÚ” não é apenas uma celebração do passado, mas também uma afirmação do presente e futuro da guitarrada. Aldo Sena, um dos pioneiros desse gênero musical que foi reconhecido como Patrimônio Cultural do Pará em 2011, demonstra que a guitarrada transcende fronteiras geográficas e temporais.
A guitarrada, também conhecida como lambada instrumental, tem sido um veículo para encurtar as distâncias entre a Amazônia e o Caribe desde os anos 70. Essa fusão de carimbó, merengue e choro, com a guitarra desempenhando um papel central, é evidente em cada uma das cinco faixas do álbum, incluindo as inéditas “Flor do Muriti,” “Meu vovô,” e “Açaí com peixe,” juntamente com a regravação de “Cúmbia reggae.”
“JAMEVÚ” foi gravado em São Paulo, na YB Music, e finalizado no estúdio Índigo Azul, por Klaus Sena, um músico icônico da cena cearense que atuou como co-produtor e assinou a mixagem e masterização do álbum. A capa e o projeto visual são obras da artista Lola Ramos.
Saulo Duarte compartilha suas experiências durante o processo de criação: “A ideia do disco surgiu das minhas conversas com Aldo. Ele já havia me dito que tinha umas músicas novas e que não haviam sido gravadas, eu sou super fã do trabalho dele e quis ouvir. Desde o início ele me deu muita liberdade para mexer nos arranjos e propor outras sonoridades.”
“JAMEVÚ” é mais do que uma simples abreviação de “já me vou,” um termo comumente usado na terra natal de Aldo Sena, Igarapé-Miri. A grafia maiúscula do título é um testemunho da importância do retorno de um dos grandes expoentes de um gênero musical que ele ajudou a criar e consolidar. Hoje, a guitarrada se mostra tão vibrante, rica e diversa quanto as frases de guitarra que a compõem. O álbum já está disponível nas principais plataformas de música, pronto para cativar audiências antigas e novas com sua celebração contagiante da música paraense.