Lançada em 2017, coletânea traz as melhores criações de Oduvaldo Matta criadas num período de quase quarenta anos
A coletânea “Sob a Luz de Antares”, de Oduvaldo Matta, tem apenas um ano de lançamento, mas são reflexões que datam de mais de 80 anos e ainda assim continuam vivaas e atuais. Os textos que fazem parte do livro começaram a ser escritos entre 1940 e 1977, ano de sua morte, e lançados em 2017 depois de um belo trabalho de seleção por seu filho e bisneto.
O romantismo expressado por Oduvaldo em seus poemas, cartas e peças de teatro, presentes no livro, deixam transparecer o estado de espírito do autor, expressões vivas de sentimentos e paixões.
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As poesias de rimas criadas por Oduvaldo se assemelham muito as poesias presentes até hoje nas músicas românticas. A música e poesia sempre foram muitas vezes vistas como uma unidade indivisível, misteriosa de elementos interdependentes, e isto não só por causa dessas características comuns dos dois ramos da arte que eles compartilham (ritmo, emoção, lirismo, inefável, abstratas), mas e especialmente por causa de sua capacidade de transcender o espaço de contingência de maneira imediata e total, como outras artes.
É assim, como a música, quase sempre líricas, que seus poemas tocam os corações daqueles que gostam de poesias, mesmo utilizando uma linguagem não muito atual.
Oduvaldo se concentra nos elementos que considera importantes para si mesmo: as emoções humanas, religiões, família, reflexões sobre vida e morte. Mas ao mesmo tempo a própria questão da existência humana – o entrelaçamento do bem e do mal, ou seja, contradições que ele encontrou forças para enfrentar e descrever, sempre expressando seus próprios sentimentos e emoções.
Certamente, aqueles que têm um fascínio pela poesia irão apreciar “Sob a luz de Antares”.
Fonte: Ronaldo Marcos