No mundo literário, certos nomes se destacam por sua capacidade de encantar e provocar o público, e um desses nomes é Joselito Müller. Conhecido por sua sagacidade, irreverência e genialidade, Müller lançou recentemente seu novo romance. Não que ele seja romântico, muito longe disso, mas como era necessário uma categoria para classificá-lo, optou-se por essa.
Na dúvida se ele conseguiu tempo sóbrio para escrever ou se escreveu bêbado, como todo bom boêmio, “Joselito Müller”, jornalista destemido, é o pseudônimo usado pelo advogado e escritor Emanuel Grilo, deixando assim o ônus e a má fama digital para o primeiro. Apesar de sua vida desregrada, a de Joselito, ele tem a visão mais perfeita da política brasileira, já que é expert em tudo o que é uma “zona”, bem diferente das que tem os “especialistas” dos canais news brasileiros, conseguindo resumir temas complexos usando menos de 50% do espaço de um tweet.
Bom, deixando o sarcasmo “estilo Müller” de lado, vamos ao livro:
Intitulado “Passaporte Sanitário”, o que já desperta polêmica desde seu anúncio, a obra aborda temas atuais e controversos, explorando a questão da liberdade individual versus a segurança coletiva em um contexto de pandemia. Com sua habilidade única de mesclar humor ácido e crítica social, apresenta uma narrativa envolvente e provocativa, levando o leitor a refletir sobre as complexidades e dilemas do mundo em que vivemos.
Nesta obra, Grilo (não o do Auto da Compad..… desculpe, esqueci que agora era sério…) Emanuel Grilo conta a história de um personagem comum que passa por um processo gradual de sectarização durante a pandemia do Coronavírus, refletindo a experiência de muitos brasileiros. O protagonista, sem grandes qualidades extraordinárias, culpa os outros por não reconhecerem os méritos que ele acredita possuir.
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A frustração dele aumenta ao conhecer pessoas que compartilham sentimentos semelhantes aos seus e que acreditam que seus fracassos pessoais são resultado de se oporem ao mundo moderno e ao senso comum que consideram ter sido arquitetado para destruir a civilização ocidental. A adesão a uma religião política, somada a tragédias pessoais, problemas conjugais e traumas familiares, leva o personagem a se opor aos fatos quando estes contradizem suas convicções, levando-o a negar dados objetivos da realidade.
No entanto, o sectarismo do protagonista é confrontado pelo ceticismo irreverente de outros personagens. A obra apresenta diálogos narrados com acidez e cinismo, proporcionando ao leitor momentos de diversão, emoção e revolta.
Em meio às histórias de pessoas comuns em meio à tragédia global da pandemia, “Passaporte Sanitário” permite vislumbrar, apesar de tudo, um fio de esperança, mesmo que seja necessário um certo grau de ingenuidade.
A pré-venda do livro, que tem prefácio de Madeleine Lacsko, já está disponível no site da Editora Folheando, clicando aqui.