Ibis Libris Editora realiza a 8ª edição da Ponte de Versos do ano, trazendo os imortais Ana Maria Machado, Antonio Cicero e Antonio Carlos Secchin, ao lado da também poeta e editora Thereza Christina Rocque da Motta, no dia 18 de julho (terça-feira), na Blooks Botafogo.
A Ibis Libris realiza, mensalmente, na Blooks Botafogo, a “Ponte de Versos”, evento literário tradicional, que, este ano, comemora 24 anos em junho. Desde 1999, ocorrendo quinzenalmente na antiga Livraria Ponte de Tábuas, no Jardim Botânico, passando pelo Barteliê, em Ipanema, e pela Livraria DaConde, no Leblon, reunindo poetas novos e já consagrados, a “Ponte de Versos” tornou-se parte da cena poética carioca.
No “Prato Principal”, cada poeta convidado lê por 15 minutos. Em seguida, abre-se a “Sobremesa” aos presentes, quando poderão recitar um poema de cada vez e, por fim, a “Saideira”, lendo mais um poema curto.
Este ano, a Ponte de Versos completa 24 anos, evento que valoriza a literatura nacional e os novos autores, que, em abril, recebeu o “Prêmio Sarau Destaque 2022” da APPERJ – Associação Profissional dos Poetas do Rio de Janeiro. A Ibis Libris Editora entra no ano de seu 23º aniversário com 600 títulos publicados até 2022, novos títulos em produção e, além disso, concorre ao Prêmio Oceanos com 20 obras e ao Prêmio Jabuti com 12 títulos em diversas categorias.
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Estiveram na Ponte de Versos em 2022: em fevereiro, Lílian Maial, Ricardo Ruiz e Rosália Milsztajn. Em março, Celi Luz e Karla Sabah. Em abril, Alice Monteiro e Paulo Sabino. Em maio, Claudia Roquette-Pinto e Léo Ferreira. Em junho, Adriano Espínola, Mônica Montone e Cristina Biscaia. Em julho, Gilberto Gouma, Manoel Herculano e Marcelo Mourão. Em agosto, Tanussi Cardoso, Ramon Nunes Mello e Carmen Moreno. Em setembro, Christovam de Chevalier, Ricardo Vieira Lima e Solange Padilha. Em outubro, William Soares dos Santos, Hélen Queiroz e Cecília Costa. Em novembro, Luiz Otávio Oliani e Renato Alvarenga. Em dezembro, Cristina Fürst, Georgia Annes e Rose Araujo. Em janeiro de 2023: Laura Esteves, Jorge Sá Earp e Jorge Ventura. Em fevereiro, Afonso Henriques Neto e Alberto Pucheu. Em março, Bernard Sader Tinoco, Rômulo Pacheco e Evelyn Silva. Em abril, Suzana Vargas e Carmem Teresa Elias. Em maio, Alexei Bueno e Elisa Flores. Em junho,
Alexandre Brandão, Mano Melo, Natália Parreiras e Thássio Ferreira.
A Ponte de Versos acontece no próximo dia 18/07 (terça-feira), das 18h às 21h, na Blooks Botafogo, na Praia de Botafogo, 316 (Espaço Itaú de Cinema). Livre para todas as idades e com entrada franca.
Traga seu poema para a Sobremesa e a Saideira!
Prato principal:
Ana Maria Machado nasceu em Santa Teresa, Rio de Janeiro, em 24 de dezembro de 1941. É casada com o músico Lourenço Baeta, do quarteto Boca Livre e têm uma filha. Do casamento anterior, com o médico Álvaro Machado, Ana Maria teve dois filhos.
Estudou no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e no MoMA de Nova York, e participou de salões e exposições individuais e coletivas no país e no exterior, enquanto cursava a Faculdade de Letras (depois de ter desistido da Geografia). Formou-se em Letras Neolatinas, em 1964, na então Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil, e fez estudos de pós-graduação na UFRJ.
Deu aulas na Faculdade de Letras na UFRJ (Literatura Brasileira e Teoria Literária) e na Escola de Comunicação da UFRJ, bem como na PUC-Rio (Literatura Brasileira). Além de ensinar nos colégios Santo Inácio e Princesa Isabel, no Rio, e no Curso Alfa de preparação para o Instituto Rio Branco, também lecionou em Paris, na Sorbonne (Língua Portuguesa) e na Universidade de Berkeley, Califórnia, onde já havia sido escritora residente.
Em janeiro de 1970, deixou o Brasil, e trabalhou como jornalista na revista Elle, em Paris e no Serviço Brasileiro da BBC de Londres, além de se tornar professora de Língua Portuguesa na Sorbonne. Nesse período, participou de um seleto grupo de estudantes na École Pratique des Hautes Études, cujo mestre era Roland Barthes, sob cuja orientação terminou sua tese de doutorado em Linguística e Semiologia, em Paris. O trabalho resultou no livro “Recado do Nome” (1976), sobre a obra de Guimarães Rosa.
Trabalhou no Correio da Manhã, Jornal do Brasil, O Globo, e colaborou com as revistas Realidade, IstoÉ e Veja e nos semanários O Pasquim, Opinião e Movimento. Durante sete anos, chefiou o jornalismo do Sistema Jornal do Brasil de Rádio. Criou e dirigiu, por 18 anos, com duas sócias, a primeira livraria do país especializada em livros infantis, a Malasartes, no Shopping da Gávea. Também foi editora, uma das sócias da Quinteto Editorial.
Tem mais de 100 livros publicados, no Brasil e em outros 20 países, com mais de 20 milhões de exemplares vendidos. Ao longo de mais de 40 anos de carreira, escreveu obras para todas as idades, incluindo 10 romances.
Recebeu inúmeras condecorações por sua produção literária, com destaque para o Prêmio Hans Christian Andersen – o mais prestigiado da literatura infantil – e o Prêmio Machado de Assis, da ABL, pelo conjunto da obra.
Em 2003, foi eleita em 24 de abril, para a Academia Brasileira de Letras, sendo a sexta ocupante da Cadeira nº 1, sucedendo Evandro Lins e Silva e recebida, em 29 de agosto de 2003, pelo acadêmico Tarcísio Padilha. Presidiu a Academia Brasileira de Letras entre 2012 e 2013.
Antonio Cicero Correia Lima nasceu no Rio de Janeiro em 6 de outubro de 1945, é compositor, poeta, crítico literário, filósofo, escritor brasileiro e membro da ABL.
Em 1960, seu pai assumiu um cargo executivo no BID, que acabava de ser criado, e toda a família se transferiu para Washington, D.C., onde fez seus estudos secundários. De volta ao Brasil, começa a cursar filosofia na PUC-Rio e, depois, no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ. Em 1969, devido a problemas políticos, foi para Londres, onde concluiu o curso de filosofia na Universidade de Londres. Em 1976, Cicero fez pós-graduação na Georgetown University, nos EUA, onde estudou grego e latim, o que lhe permitiu ler, no original, os clássicos de Homero, Píndaro, Horácio e Ovídio. Posteriormente, lecionou Filosofia e Lógica em universidades do Rio de Janeiro.
Desde jovem, escreve poesia, mas seus poemas só apareceram para o grande público quando a irmã, a cantora e compositora Marina Lima, musicou um deles. A partir desse momento, passou a escrever tanto poemas como letras para músicas de sua irmã e, depois, de outros parceiros. Produziu várias letras, como, por exemplo, de Fullgás, Pra começar e À francesa – as duas primeiras com Marina e a última com Cláudio Zoli. Entre outras parcerias, destacam-se as com Waly Salomão, João Bosco, Orlando Morais, Adriana Calcanhotto e Lulu Santos (coautor com Antonio Cicero e Sérgio Souza, do hit O Último Romântico, de 1984).
Em 1993, concebeu, em colaboração com o poeta Waly Salomão e patrocínio do Banco Nacional, o projeto “Banco Nacional de Ideias”, através do qual promoveu ciclos de conferências e discussões de artistas e intelectuais de importância internacional, como João Cabral de Melo Neto, Haroldo de Campos, John Ashbery, Derek Walcott, Caetano Veloso, Richard Rorty, Tzvetan Todorov, Hans Magnus Enzensberger, Peter Sloterdijk, Ernest Gellner, Bento Prado Júnior e Darcy Ribeiro, entre outros. Em 1996, lançou o livro de poemas “Guardar”, vencedor do Prêmio Nestlé de Literatura Brasileira na categoria estreante. Lançou também um CD, em 1996, Antonio Cicero por Antonio Cicero, recitando seus poemas.
Em 2001, o “Guardar” foi incluído na antologia “Os cem melhores poemas brasileiros do século”, organizada por Ítalo Moriconi. Em 2002, lançou o livro de poesia “A cidade e os livros”. Participou, nesse mesmo ano, com José Saramago, Hermeto Pascoal e Wim Wenders, do documentário Janela da alma, de João Jardim e Walter Carvalho. Em 2005, lançou “Finalidades sem fim”, finalista do Prêmio Jabuti na categoria “Teoria/Crítica literária”. Em 2010, lançou o Livro de sombras: pintura, cinema e poesia. Em 2012, lançou Porventura de poesia, depois Poesia e Filosofia (ensaio filosófico), e organizou um livro de ensaios estéticos chamado Forma e sentido contemporâneo: poesia. Nesse mesmo ano, lançou Antonio Cicero por Antonio Cicero, com entrevistas organizadas por Arthur Nogueira. Entre abril de 2007 e novembro de 2010, foi colunista da Folha de S. Paulo. Em novembro de 2008, pronunciou a palestra de encerramento do Congresso Internacional Fernando Pessoa, em Lisboa, publicada, com o título de “Fernando Pessoa: poesia e razão”, em Pessoa, Revista de Ideias, em dezembro de 2010.
Em 10 de agosto de 2017, Antonio Cicero foi eleito para a Cadeira nº 27, sucedendo Eduardo Portella, cujo primeiro ocupante foi Joaquim Nabuco, fundador da Academia Brasileira de Letras, tendo como patrono Maciel Monteiro.
Para o acadêmico Domício Proença Filho, então presidente da ABL, “Antonio Cicero é um dos escritores mais representativos da literatura brasileira contemporânea”.
Antonio Carlos Secchin nasceu no Rio de Janeiro, em 10 de junho de 1952. Até os seis anos morou em Cachoeiro de Itapemirim e, desde 1959, reside no Rio de Janeiro.
É Doutor em Letras pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1982). Professor de Literatura Brasileira das Universidades de Bordeaux (1975-1979), Roma (1985), Rennes (1991), Mérida (1999) Paris III-Sorbonne Nouvelle (2009) e da Faculdade de Letras da UFRJ, onde foi aprovado (1993), por unanimidade, com nota máxima, em concurso público para professor titular. Na carreira docente, foi diversas vezes eleito paraninfo e patrono dos formandos. Orientou 26 dissertações de mestrado e 18 teses de doutorado. Ministrou 50 cursos de pós-graduação, no país e no exterior. Em 2013, tornou-se professor emérito da UFRJ.
Proferiu inúmeras palestras, em sua maioria versando sobre temas de literatura e cultura brasileira, no Brasil e na Argentina, Cuba, Espanha, Estados Unidos, França, Israel, Itália, México, Portugal e Venezuela. Membro de 46 editorias ou conselhos, no Brasil e no exterior, sobretudo de periódicos de investigação literária.
Recebeu diversos prêmios nacionais, entre eles, 1o lugar, categoria “ensaio”, do Instituto Nacional do Livro (1983); Prêmio Sílvio Romero, da Academia Brasileira de Letras, 1985, ambos para João Cabral: a Poesia do Menos; Prêmio Alphonsus de Guimaraens, da Fundação Biblioteca Nacional (2002); Prêmio de Poesia da Academia Brasileira de Letras (2003); Prêmio Nacional do PEN Clube do Brasil (2003), atribuídos a Todos os Ventos como melhor livro de poesia.
Membro Titular de PEN Clube do Brasil (1995); Medalha Cruz e Sousa, do Governo de Santa Catarina (1998); Medalha João Ribeiro, da União Brasileira de Escritores (1999); Medalha Carlos Drummond de Andrade, da União Brasileira de Escritores (2002); Membro Honorário da Academia Cachoeirense de Letras, Cachoeiro de Itapemirim (2004); Medalha do Mérito da Imprensa de Pernambuco, da Associação da Imprensa de Pernambuco (2005); Benemérito do Real Gabinete Português de Leitura, Rio de Janeiro (2008); Medalha Jorge Amado, no Jubileu de Ouro da União Brasileira de Escritores-RJ (2008); Membro Correspondente da Academia de Letras da Bahia (2009); Diploma de Mérito Cultural da Academia Brasileira de Filologia (2011); Membro efetivo da Academia Carioca de Letras (2011); Medalha de Oficial da Ordem de Rio Branco, outorgada pelo Ministério das Relações Exteriores (2011); Troféu Integração, Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), São Paulo, 2014. Sócio Correspondente da Academia de Ciências de Lisboa, 2017.
Sétimo ocupante da Cadeira nº 19, eleito em 3 de junho de 2004, na sucessão de Marcos Almir Madeira e foi recebido, em 6 de agosto de 2004, pelo acadêmico Ivan Junqueira.